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8 de setembro de 2022 - Na Mídia

Como a Cash.In pretende aumentar em 4x o volume transacionado este ano

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Em seus mais de três anos, a Cash.In já conquistou uma base de 107 clientes, incluindo grandes marcas como AmbevSuzanoVigorBurger King e Coca-Cola, com a proposta de simplificar o pagamento de prêmios de incentivo, uma prática comum nas áreas de vendas e marketing, principalmente de indústrias e distribuidores.

Numa ponta, a fintech construiu uma plataforma digital em que as empresas definem o budget das campanhas de incentivo, com acesso a relatórios de acompanhamento dos resgates feitos pelos funcionários, de forma anonimizada. Já os colaboradores premiados podem usar o saldo creditado na conta digital em descontos de lojas parceiras, transferências para outras contas, pagamentos de boletos e, mais recentemente, compra de crédito de serviços de streaming e games.

No primeiro ano de operação, a Cash.In transacionou R$ 2 milhões; em 2020, foram R$ 10 milhões; em 2021, R$ 25 milhões. E neste ano, a fintech já passou de R$ 60 milhões e mira chegar ao final do ano com R$ 100 milhões transacionados. Na ponta, são mais de 80 mil usuários ativos — para se ter uma ideia, no final de 2021, eram 46 mil.

“Atendemos grandes players de mercado, e isso acaba sendo uma porta de entrada para vários outros”, conta Nani Gordon, que fundou a Cash.In em 2019 ao lado de Luciana Ramos. “Até março, pretendemos lançar uma versão da nossa plataforma em SaaS [software as a service] para atingir pequenas e médias empresas (PMEs)”, informa a empreendedora.

A fintech acaba de incluir a funcionalidade de pagamento via QR Code em maquininhas POS. Já para as empresas, a Cash.In está desenvolvendo novos recursos de inteligência de dados, que devem ser lançados até o fim do ano. “Hoje as informações dos relatórios são em Excel. A ideia é entregar um dashboard com mais gráficos para os clientes”, conta Nani.

Para a operacionalização dos serviços financeiros, a Cash.In tem parceria com quatro provedores de banking as a service (BaaS), que fornecem soluções de TED, Pix, pagamento de contas, saques, entre outras. “O core bancário é nosso e utilizamos diferentes módulos desses parceiros”, explica a empreendedora.

No caso dos descontos e cupons de lojistas, a fintech possui acordos com mais de 50 parceiros. “Acabamos de adicionar a possibilidade de comprar crédito de streaming e games. Nosso objetivo é que o usuário consiga transformar o prêmio em dinheiro feliz.”

E pelo jeito a “felicidade” dos usuários é converter os prêmios de incentivo em grana, ou seja, dinheiro na conta. Conforme levantamento feito pela fintech, a maior parte (56,6%) dos resgates foram direcionados para transferências e pagamento de boletos. “Só 6% resgatam em cupons. A maioria resgata em recompensa financeira”, informa a empreendedora.

Nani Gordon e Luciana Ramos, fundadoras da Cash.In (Foto: Divulgação/Cash.In)

Não à toa, um dos projetos no roadmap da startup é passar a oferecer microcrédito. “Estamos em busca de parceiros”, diz Nani. Outro plano, este mais concreto, é a entrada no mercado de despesas corporativas. “Tem um caminho nesse sentido. Estamos já com rodas de conversa com alguns clientes.”

Segundo Nani, o mercado de prêmios de incentivos movimenta cerca de R$ 42 bilhões/ano no Brasil e é pulverizado. Uma das maiores companhias no segmento é a LTM, que soma 150 clientes e 20 milhões de usuários, de acordo com informações em seu site. Disputam espaço, ainda, nomes como Vale-PresenteAcesso Card e outros. “Prêmio de incentivo é um mercado enorme, mas não tem nenhum player que domine, queremos ser líderes”, diz a fundadora.

Captação

Desde o início do negócio, a Cash.In já captou R$ 10 milhões em aportes com investidores como a  Bertha Capital, que liderou a última rodada.

Neste momento, a fintech está iniciando uma captação com objetivo de levantar R$ 5 milhões para ampliar as equipes comercial e de tecnologia. Hoje, a empresa opera com um time enxuto de 30 pessoas e já atingiu o breakeven.